A liberdade de um relacionamento aberto

Relacionamento aberto: relação afetiva estável, que aceita relações extraconjugais, sem considerá-las traição ou infidelidade. Estranho, não? Pode até ser, mas a verdade é que há mais pessoas tentando esse tipo de relação amorosa do que se imagina.

Eles são casais normais, exceto pelo fato de que têm a liberdade de sair com outras pessoas e relacionarem-se sexualmente com elas. Segundo a psicanalista Regina Navarro, em seu livro “A Cama na Varanda”, um dos fatos que levam as pessoas à esse tipo de relacionamento é que elas não precisam mais viver o modelo imposto pela sociedade. Com as mudanças sociais, as pessoas estão cada vez mais abrindo um espaço onde encontrar novas formas de viver e de sentir novas sensações.

Além disso, muitas pessoas procuram esse tipo de relacionamento porque SIMPLESMENTE não conseguem ficar apenas com uma pessoa. É onde elas encontram uma maneira de jogar limpo com quem realmente amam. Sad but true, gente!

Foto: Divulgação

Quem acha que essa história é muito moderna e coisa da cabeça de jovens que nunca viveram um grande amor, engana-se. Em 1929, Jean Paul Charles Aymard Sartre e Simone Ernestine Lucie Marie Bertrand de Beauvoir firmaram um contrato de dois anos de relacionamento e durante os próximos 50 anos, eles protagonizaram uma das maiores e melhores histórias de amor que eu já ouvi falar.

“Entre nós, trata-se de um amor necessário: convém que conheçamos também amores contingentes.” – Simone de Beavouir.

Absurdo

Apesar dos adeptos serem muitos, tem gente que ainda acha um absurdo esse tipo de acordo e concordam o ato promíscuo. Isso pode ser explicado pelo corpo humano. Como? Bom, a mulhera libera um óvulo por mês, o que faz com que ela seja mais seletiva do que o homem, que tem todos os espermatozoides renovados a cada 32 horas. Isso pode explicar o porque os homens priorizam a quantidade de parceiras, enquanto as mulheres procuram relacionamentos mais duradouros.

No entanto, vale lembrar que a maneira como somos educados e as nossas escolhas também têm grande influência nos relacionamentos amorosos, claro!

Além disso, é normal as pessoas considerarem esse tipo de relacionamento um absurdo, já que somos historicamente limitados, e educados, pela ideia de exclusividade sexual.

Portanto, lembre-se, se você é contra isso e/ou ciumenta, nunca, jamais, never, adote esse tipo de romance.

Dona flor e seus dois maridos

Os adeptos do relacionamento aberto acreditam, afirmam e defendem com unhas e dentes que o que vivem é amor de verdade. Daqueles que são mais verdadeiros que muitos outros, sabe? A explicação? O velho “quem ama não quer ver os outro preso, mas sim, feliz”.

No entanto, como em todo o relacionamento é importante seguir algumas regras. E olha, não é nada muito fora do comum, dá para acreditar? Confere aí:

  1. Nunca esconda nada do seu parceiro. É necessário construir um relacionamento transparente em que ele saiba sobre tudo o que acontece;
  2. Tenha uma relação estável. Antes de encontrar novos parceiros, é preciso fortalecer e solidificar o relacionamento atual;
  3. Sobre amor e outras drogas. Deixe claro ao parceiro que você o ama. E deixe claro isso para você também. Só a segurança em relação ao amor de vocês, vai permitir uma relação aberta;
  4. Cuide de si mesmo – e dos outros. A relação entre várias pessoas te deixa frágil em relação a DST. Portanto, cuide-se;
  5. Não se esqueça do seu parceiro. Reserve um, duas, três, quantas noites e dias quiser, mas não esqueça de que seu homem também quer passar um tempinho com você. E se você não quiser passar com ele, cai fora, hein?!
  6. Limites são importantes. Estabeleça os limites de acordo com a necessidade de vocês.E por último, mas não menos importante:
  7. Seja feliz. Ninguém tem nada a ver com o que você faz ou deixa de fazer. A vida é sua e todo o resto também.

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