Traição: mais comum do que você imagina

Já diz o dito popular: “se você nunca foi traído, um dia será”. De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, regida pela antropóloga Mirian Golbenberg, cerca de 47% das mulheres traem. A pesquisadora é autora do livro “Porque homens e mulheres traem?”, da editora BestBolso.

Comparando o estudo a uma pesquisa nacional realizada pelo Ministério da Saúde, o número de traições cresceu. De acordo com o levantamento, em 2009, 16% dos casais em união estável afirmaram terem traído seus parceiros pelo menos uma vez na vida.

Outro estudo realizado pela Inteligência de Mercado da Editora Abril, em 2011, revelou que de 1.700 pessoas, 60% das mulheres, entre 20 a 40 anos, já pularam a cerca e 47% das almas femininas já botaram enfeites nas cabeças dos parceiros atuais. Ou seja, traição é sim mais comum do que se imagina.

O assunto é delicado e envolve uma série de questões. Uma delas é a admiração do casal entre si. Sabe, aquela coisinha que a gente sente e não sabe explicar quando ACABA de conhecer um carinha bacana e, depois de ficar com ele, essa coisinha acaba? Então, é disso que eu estou falando.

A estudante de psicologia, Isabel (22), acredita que sim, dá para concordar com a traição. “A pessoa pode se sentir no direito de trair, mas depende da situação. Às vezes você trai, por estar preso em um relacionamento cheio de insatisfações, ou por descobri que foi traído”, afirma a estudante.

Isabel namora há seis anos e não esconde que já pulou a cerca algumas vezes. “Eu não aceitaria uma traição, mas não posso ser hipócrita. Depois de ser traída, a sensação de ser trocado não vai embora. Mas, dar o troco melhora muito a autoestima”, brinca a estudante.

Quando a admiração acaba, o relacionamento vai junto e isso vai além daquele papinho de “confiança que se quebra e blá blá blá”. Dá para confiar em uma pessoa novamente, perdoar e seguir em frente. O difícil mesmo é manter os olhos de admiração em quem você sabe que um dia quebrou um pacto de relacionamento.

Para a estudante de Jornalismo, Amanda Cruz (21), trair não é uma atitude tão fácil de ser engolida: “A traição envolve diversos fatores, que vão da autoconfiança, impulso, até a faltam de vergonha na cara”, brinca Amanda.

A estudante namora há um ano e não aceita traição. Amanda pensa que é melhor estar sozinha, do que viver com uma vida dupla. “É mais simples falar que você quer viver solteira e deixar o parceiro conhecer novas pessoas, do que prender essa pessoa. É melhor ser sincera, do que mentir”, explica a estudante.

Conselhos de buteco

Se você já sofreu uma traição, ou já traiu, não se abale! Me dá um abraço e segue essas dicas que vai ser sucesso:

Traiu?

Se você faz parte do Time que Ama Demais FC, seja honesta e abra o jogo com o parceiro. O cara tem que saber que você não consegue manter só com uma pessoa e se ele concordar, dá até para arriscar em um relacionamento aberto.

Traiu? Relaxa. Isso não é crime, se você estiver namorando. Já provamos por A+B que trair é comum. Seja sincera e revela para o parceiro a infidelidade. Se ele vai te aceitar, ou não e se o namoro vai continuar, ai é um problema do casal.

Se mesmo depois de perdoada você sentir aquela pontinha de “eu não sei se gosto mais dele”, melhor parar por ai. Você já traiu, o cara deu um de Robert Pattinson e ainda assim, você não tem certeza o sentimento? Ai é melhor pensar um pouco sozinha mesmo.

Foi traída?

Se sofreu uma traição, primeiro de tudo: chore, grite, esperneie e jogue pra fora tudo o que você sentiu naquele momento. Só assim uma mágoa vai embora. Nunca guarde rancor, afinal de contas mulher rancorosa só cria rugas e solidão.

Depois disso, fique um tempo (nem que for uma semana) sozinha e sem opinião alheia. Só depois disso tome uma atitude sobre o término ou continuação do namoro.

Por último, caia no open bar. Afinal, ninguém merece ficar se remoendo por um canalha, certo? Força na peruca!

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